quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

. É o mundo ! E o medo.



Me decepcionei tanto com o amor até hoje, que acabei acreditando que ele clama por arte
 E na vida, nem todo mundo é artista.







quarta-feira, 19 de setembro de 2012

. Pelas Portas do Coração.


Faz um hora que eu me debato nessa cama. As mensagens pipocam no celular e o mundo lá fora está em pleno vapor. A noite está quente demais. E ainda são onze horas. Aqui dentro, o quarto está abafado, a garganta está seca, e alguma coisa me sufoca por dentro. Levanto, dou uma olhada pela janela, raros são os carros que passam por ali. Mas o mundo, ainda sim está em pleno vapor. Bebo água. Volto para a cama. Está incrivelmente quente aqui dentro. Dez, vinte, quarenta minutos se passam. E eu ainda esperando um desligamento da realidade, e um corpo em modo 'hibernar'. Nada ainda, o danado do sono não vem!
Pego papel e caneta. Um gesto que antes era um hábito, e hoje não passa de raridade.Tento pensar num tema, uma atualização, uma desculpa convincente e esfarrapada por estar longe tanto tempo. Não há nada a dizer.
Procuro então um assunto, para dialogar com quem lê... Política? NÃO, muito polêmico! Religião? NÃO, muito sério. Amor? NÃO, muito clichê! Você? NÃO, muito passado. Tempo? NÃO, muito subjetivo!
Me vejo sem opções de temas para fundamentar o emaranhado de palavras que se misturam em minha cabeça .
Em meio a um pensamento e outro, me perco ! Pareço viajar no tempo. Focalizo as lembranças procurando entender em que era eu fui parar. Encontro velhas fotografias, algumas lágrimas e muitos sorrisos espalhados pelo chão.
Subitamente percebo que há um vazio em meio aos meus assuntos prediletos. Reviro tudo, não encontro você. Instintivamente me oriento a continuar a procurar. Mas não está mais lá. Me dou conta de que acabo de me perder de meu personagem preferido.  Me despeço com a mesma frase de outrora, tão sua - Tenha uma boa vida ! - ao mesmo tempo em que giro a chave e jogo no abismo. 
Abro outra repartição. Me assusto com o aspecto triste daquele lugar... mas adentro! é frio, escuro e parece vazio, até o momento em que um sutil movimento me chama a atenção. - Quem é você? - Pergunto.  - Oras, veja que disparate! Sou a DOR, quem mais?!
Me dá certa angustia ao olhar para aquele protótipo de luz egocentrista, que a pouco falava comigo. A DOR não tem forma. Deve ser para que possa se ajeitar perfeitamente a qualquer situação. Sorrio e me sensibilizo com 'ela'. Olho ao redor pensando em uma utilidade para mante-la ali...Talvez uma faxina, umas flores e um feixe de sol. Mas a DOR se recusa a qualquer destas sugestões.  - Não serve mais, tenho que me desfazer! - Junto toda num pacotinho, assopro e ela se desfaz abismo abaixo. Desta vez deixo a porta e as janelas abertas para ventilar. ( Com você não foi assim. Sumi a chave para que não volte! ) .
Abro uma nova fechadura. Essa me surpreende. É tudo muito espelhado e amplo. E bem no meio encontro uma caixinha vermelha de veludo, descubro alguma coisa que diz se chamar AMOR dentro dela. Parece bonito, mas do nada me fica os dedos. Num impulso volto a colocar. Ele sorri! Criaturinha graciosa esse tal AMOR. Não me contento. Pego-o de novo. Desta vez ele me faz rir, com cocegas estranhas. Me lembro de uma expressão que li em um livro: Borboletas no estômago! - Que bichinho mais contraditório - Penso. Ele ainda continua a me olhar com uma carinha engraçada, mas de repente me pede que o coloque de volta em segurança. Então o amor tem medo do mundo?!, mas não comento nada. Obedeço! Converso com ele. E ele me dá uma missão: Encontrar alguém que seja merecedor por aí e só então voltar para busca-lo. Acho aquilo estranho, mas ele não me parece mal. Saio do compartimento receosa de deixa-lo ali.
Abro a próxima repartição, ali parece tudo ser uma festa. Olho os rostos felizes. Corro o olho pelo local, me prendo um pouco na cara de gato e o rabo de lebre de uns ou outros. PARECE mas não é... Finjo que não vejo, não me alcança se eu não deixar. Sorrio, brinco,canto, danço.  - Está na hora de ir. - Relutante fecho a porta atrás de mim, prometendo voltar ainda, pra farra continuar.
Próxima tranca, encontro uma sala clara e com muita luz, há apenas um espelho ali... e isso é um tanto estranho. Me coloco em frente a ele, me vejo, mas a imagem começa a falar e eu ainda estou muda. Ele se apresenta como AMOR PRÓPRIO. Eu que já conheci o AMOR lá trás, acho aquilo um pouco plágio, da ideia alheia. Mas ele vai logo dizendo que não Outro serzinho egocentrista - é o que eu penso, mal sei eu que é bem pior que isso. Sinceramente, até agora o AMOR PRÓPRIO é o mais difícil de lidar... ele parece bonito (ai me lembro que sou só eu no espelho hahaha), parece genioso, frágil e sagaz. Mas não! Ele acaba de me dizer que a culpa de todos esses 'achos' é minha. Eu me revolto - MINHA? Por que seria? O amor próprio é você. - Ele me dá um sorriso simpático, mas nessa altura do campeonato eu só consigo enxergar cinismo naquele sorriso. Ele fica mudo por um tempo. Não para de me olhar. Que pentelho! Ri de mim, e quando vê que eu já estou mais calma me explica: - Sim, é sua culpa. Eu sempre estive aqui trancado nessa sala clara e bonita. Mas você insiste em não precisar de mim, e eu vou ficando aqui, descansado! Ao contrário do que muitos pensam, você não precisar de mim não me maltrata, as vezes me entristece... é verdade! Mas na maioria das vezes só me prova quão tola você é! - Ah, mas aquele serzinho era muito irritante! Começo a pensar no que ele disse e não vejo nexo. - Você se acha sempre o centro do mundo assim? Ou é só comigo? - Ele revira os olhos. - Naturalmente, sou feito pra ser assim. Por isso sou o AMOR PRÓPRIO! Quando nasci, ou melhor quando você nasceu, aaah... quando nós nascemos, fui colocado em você para que você me usasse sempre, mais você é teimosa, e não me usa nem quando precisa! Olha que patife... Acreditastes no AMOR mais rápido do que em mim, e eu tenho no nome o termo PRÓPRIO, que sugere já de cara que é seu. Pensei que você fosse mais esperta, mas me enganei! - Tive que me sentar, aquela ... coisinha... estava me deixando confusa. E eu não podia ver, só via eu mesma ali. 
Muito tempo depois, me dou conta de que ele está certo. Sorrio para ele. Ele não me sorri de volta. Dou-lhe um presente, elogio seu cabelo (ou será meu cabelo?) e lhe deixo uma caixa de tintas e batons para ele brincar. Ele revira os olhos, diz que eu não entendi. Então não vejo saída, vou ter que levar o pestinha para passear comigo. Ele pega os presentes, as tintas e os batons, me dá a mão e vem comigo. Pergunto se precisa trancar a porta, ele diz que CLARO! Olho sem entender porque, e ele calmamente explica: - Para que ninguém possa entrar aqui e destruir meu lar... Francamente! - Francamente digo eu! 
Uma a uma vamos abrindo as portas. E ele parece se divertir. Em certo momento, pergunto onde estamos. Ele me olha DE NOVO com cara de quem não acredita. E eu me sinto absurdamente tola. - Essas são as portas do coração,  minha cara! E agora vamos, deite-se, você parece exausta! Amanhã, logo quando o dia clarear eu vou estar com você. Apenas, e veja bem, só apenas, porque você me deixou vir! 

Não sei quanto tempo faz. Mas o ruído do despertador me faz abrir os olhos, me lembro de tudo, olho ao redor, e abro um sorriso. Ouço um sussurro: -  BOM DIA vida! 


" O coração tem segredos, que a própria razão desconhece."




quinta-feira, 12 de abril de 2012

Reticencias.

Não deveria fazer essa observação pré-textual. Mas não me contive. Foi demais pra mim. Me encontro aqui, sentada nessa cadeira. Mais vermelha que um pimentão, e encabulada comigo mesma. Já pensei, enumeras vezes em, o porque de aceitar um desafio como esse. Não só pelo meu jeito discreto de ser... Discreto não é a melhor palavra, RESERVADO em alguns assuntos, seria melhor. Mas também por imaginar como será a reação de quem ler isso aqui. Mas, como eu não sou mulher de não cumprir com a minha palavra. E nem de desistir antes de tentar... Vou controlar a 'tremulencia', e apertar o PUBLICAR. Antes que eu desista.
Perdoe pela qualidade literária ruim. É que o assunto me encabula, além de ser um tanto polêmico. Grata ! 





A sensação fora inusitada quando ela o enxergou no meio da multidão. Fazia mais ou menos um ano, desde que o vira pela ultima vez. Ele estava ligeiramente mais velho, cabelos desarrumados, barba por fazer. Os ombros largos pareciam mais fortes, dentro da regata justa, e a calça jeans, perfeitamente assentada ao corpo. Nem mais gordo, nem mais magro. Mais gostoso. Foi o que ela pensou. Com aquele estilo charmoso, de quem está ali por nada. E o sorriso maroto, que viraria a cabeça até da mulher mais centrada da face da Terra. Ele parecia mais uma cena tirada de um filme de Hollywood. E no entanto, lá estava ele. Misturado no meio das muitas pessoas, á poucos metros de onde ela estava parada. 
Provavelmente percebendo que estava sendo observado, ele olhou em sua direção. E quando seus olhares se encontraram, ela estremeceu. Ela se lembrava. Exatamente como era o poder daqueles olhos. Quase que contentada, sorriu, num sorriso tímido. E se virou, um pouco de lado, voltando á atenção para atração principal do show. 
Sentia um impulso forte de se virar. Olhar nos olhos dele mais uma vez. Falar com ele, quem sabe... Mas sabia que não devia. Ele á tinha visto. Sabia que ela estava ali. Se fosse de seu interesse ele se aproximaria. Continuou olhando para frente. Via mais não enxergava. A cabeça estava em outro lugar. 
De repente o impulso foi mais forte que ela. Olhou em sua direção, mas não o viu mais lá. Ele havia sumido. - Pois então era assim que seria, ele tinha desaparecido, como já tinha feito um dia. E provavelmente não apareceria mais- ela pensou. 
E então, sentiu o toque. Ela nunca se esqueceria a sensação daquelas mãos. Grandes, habilidosas, gentis. 
Se virou devagar. E quando seus olhos pousaram nele, estremeceu, num sobressalto. Não sabia que seu corpo reagiria tão imediatamente a presença dele. Ou talvez soubesse. Mas não esperava. Ele sorriu em cumprimento. E lhe deu um beijo na face. Falou sobre o tempo que não se viam. Sobre a vida. E o presente. E ela respondeu. Conversar com ele assim, tão perto, era quase ameaçador. Um dos seus maiores receios. Mas não havia porque fugir. Ela estava ali. E permaneceria ali.
Se muito tempo havia passado, ela não saberia dizer. Mas aos poucos o barulho foi cessando, o local esvaziando. E os dois perceberam, simultaneamente, que o show tinha terminado. O cantor cantava sua música mais famosa, pela segunda vez. 
Ele perguntou com quem ela estava. E ela respondeu que estava com algumas amigas mas, se dando conta tarde demais, que não fazia ideia de onde elas estavam. Ele, prontamente se ofereceu para leva-la em casa. Disse que estava dando carona á dois amigos. Mas que poderia deixa-los em casa e depois leva-la. Era tão ele, que ela nem se surpreendeu. Aceitou. Não poderia ser tão mal assim. E ela conhecia um dos amigos, que estavam com ele. 
Foram conversando até o carro. Cada um contando sobre sua vida, e o rumo que tinham tomado desde que se encontraram pela última vez. Passaram todo o caminho conversando sobre assuntos leves, entre si, e com os acompanhantes de viajem. E quando pararam em frente a casa dela. Um silencio surdo imperou entre eles. Tanto que dava pra ouvir a respiração de cada um.
Os minutos que se passaram a seguir foram como um clarão. Ele a tomou nos braços, e lhe beijou com uma urgência desconcertante. Não pediu autorização. Saiu do carro, deixando a um pouco confusa. Abriu a porta do passageiro e a arrematou para fora. Subiram os três lances de escada aos beijos. Daqueles com a boca toda. Que toca todo o libido. Revira ao avesso. 
Antes da porta acabar de ser fechada, suas roupas já se encontravam no chão. Ele sempre fora assim. Urgente. Intenso. Preciso. O tipo de homem que fazia de qualquer donzela, uma mulher de verdade.
Afastou-se dele. Precisava de tempo para respirar enquanto se decidia. Olhou  o parado ali. Sorrindo com aquele sorriso travesso. Ele sabia. Sabia exatamente o poder que tinha sobre ela. E isso era ao mesmo tempo, delicioso e preocupante. Mas ali, esperando pacientemente, estonteante como sempre, não parecia mal. Muito pelo contrario. 
Ela afastou o pensamento. Que seja doce - como diria o Caio de Abreu. E puxou-o pra si. 
O contato com a língua quente era contentador, as mãos dele  deslizavam, pressionando devagar, em direção a coxa dela. E as mãos dela, por sua vez, passeavam livremente pela nuca dele. O beijo foi se tornando mais ardente. A boca dele percorria devagar o pescoço, subindo lentamente para o lóbulo da orelha. Ela soltou um gemido. Ele sabia fazer com que ela perdesse as estribeiras em poucos instantes. Ele era, um verdadeiro perigo.
Ela o parou por um momento. Parecia meio romantizado interrompe-lo naquele instante, mas ela precisava saber... Ali estava - nos olhos dele - a resposta que ela precisava. Ainda era amor. Ainda era desejo. Ainda dava choque. Ela puxou o para si. Foi descendo lentamente para os mamilos. Percorrendo lentamente a barriga com a língua. Observando a pelugem que, como diria sua mãe, formavam o caminho da felicidade. 
Tomo-o na boca. Ele soltou um gemido abafado, quase divertido. Ele era voluptuoso, ardente, " bem dotado " - como diria sua amiga Bel. Ela riu ao ter essa lembrança. Péssimo momento para se rir - lembrou a si mesma. Ele sorriu sem entender. Levantou a e tomou nos braços, levando para cama. Tomou o comando, puxou-lhe os cabelos de leve, mordiscou-lhe os seios, beijou-lhe a barriga. Entre gemidos e suspiros, chegaram ao ápice. 
Horas depois estavam exaustos, estirados na cama com um sorriso satisfeito nos lábios, plenamente saciados. O dia já começava a clarear. E qualquer coisa que fosse necessária para justificar a vida morna de antes, estava subtendido ali. 
Deu uma última olhada naquele corpo nu estendido em sua cama. Perfeito. Absolutamente! Levantou-se, tomou um banho, colocou os tênis de corrida, cumprimentou os velhinhos na praça. Cumpriu os 10km. E quando retornou, a chave estava debaixo do tapete - como era de costume. Ele já não estava mais ali. 
Nunca mais o viu. Mas até hoje ao acordar, poe-se a lembrar, sorri e intimamente deseja, Tenha uma boa vida !   








                                               - aos meus três xarás favoritos. 
                                                Meus senhores da pátria, 
                                                que reviram minha vida ao avesso.
                                                Cada um ao seu modo. ;)




Gente... pelo amor de Deus, parem de me ligar perguntando quando, onde e com quem isso aconteceu! ISSO É UM CONTO FICTÍCIO! --' 





Se for amor á primeira vista mude de planeta !

" O amor à primeira vista acaba,
quase sempre sendo uma ilusão de ótica. "





Há coisas que só quem teve um amor á primeira vista (no caso, dois e meio) pode aconselhar: É FRIA. Nãao. Pior! É fria tamanho gigante. (Literalmente)

Pode começar a arrumar suas malinhas, abrir o Google Maps e escolher o planeta-destino... de preferência o mais longe possível. ! Porque o mal já está feito. E nem adianta fingir, brigar ou fugir. NÃO! Você não vai conseguir esquecer. Muito pelo contrario... Tudo que vai fazer a partir de agora é se lembrar. E meu amigo, pode ter certeza... as lembranças de um amor a primeira vista são as mais inusitadas: A imagem perfeita de onde aconteceu  - Como a cor do piso do corredor ou o tamanho da fila. A roupa que o(a) individuo(a) estava vestindo naquele momento. O modo que as coisas estavam arrumadas ao redor. E tudo isso com perfeição.
Nada contra amores a primeira vista! mas se eu pudesse escolher preferia não te-los conhecido. Porque dá trabalho demais. Imensamente a mais, do que um romance comum... Aqueles que são construídos devagar.  Por dia a dia. Vão fortalecendo, e tudo mais.
Se engana quem pensa que esse tipo de amor amores é singelo. Que singelo que nada ! Eles são como aquela vontade de comer o feijão que a sua vó faz, e que não lhe sai da cabeça faz três meses: INSISTENTES!

Entenda os sintomas: 
Coração disparado; Mãos suadas; Mudez; E, mais tarde... a convicção do Caio: " Foi lindo te ver pela primeira vez e pensar: ' Quero pra mim! "
Pronto ! Caiu na pegadinha do malandro. kkkkkkk
No popular :  Cê tá fudidooo!

Além de não conseguir se livrar mais da expressão, do sorriso, do que foi dito ou seja lá qual for a bobagem que aconteceu naquele instante.
O ideal seria se você pegasse o primeiro táxi para lua agora mesmo. E decidisse lá qual o seu destino. Porque se você decidir ficar... 
E aí ?! Tenta a sorte?

quarta-feira, 11 de abril de 2012

. Carta aos desavisados.


Pede-se ao mundo que pare de vigiar meus desejos. Que cuide menos de minhas ações e que critique menos meu modo de agir. Pede-se as pessoas, encarecidamente, que me olhem como um ser humano normal. E como todo ser humano normal, os defeitos  me fazem mais especial. Pede-se aos tempos que parem de me ditar regras. Eu não vou obedece-las, nem ao menos me dar ao trabalho de me importar com ela. Pede-se aos seres que parem de despejar inveja, tudo bem que sua estrela não brilha... mais, meu filho(a), se acha que a minha brilha demais use óculos escuros. Pede-se ao mundo que me deixe.
Eu sou...
essencialmente, infinitamente, constantemente, unicamente...e exatamente tudo que você não pode ser.
Não faço questão dos sorrisos. Eu aprendi a deboxar das pessoas. Minha gargalhada pode ser espontânea. Mas pode ser tão venenosa, quanto cobra cascavel. 
Não faço questão de se perfeita. Ninguém foi até hoje. E quem tentou ser não foi feliz! Esqueceram de contar á eles que a perfeição estraga o mundo. Pois nunca, NUNCA MESMO, pode ser alcançada. Tudo porque, quem quer perfeição nunca se sente plenamente saciado.
Peço ao mundo que parem de me olhar com olhos santos. Eu sou, extremamente, competente em ser, HUMANA. Faço questão de errar uma vez, ao menos, todos os dias. Para que eu possa aprender a lição. Não importa se seja um erro bobo, se seja um erro grave. Tudo nessa vida tem a lição, e o importante é saber tira-la. 
Portanto, sinto em avisa-los:
Eu vou querer o que é mais difícil. E por vezes, vou chorar por não poder ter. Mas vou aprender.
Eu vou pular dos prédios mais altos. E por vezes, cair e me machucar. Mas vou me levantar.
Eu vou perder o foco. E por vezes, rodar muitas vezes em torno do mesmo lugar. Mas vou encontrar a direção.
Eu vou ser exatamente o que eu sonhei ser.

Porque a partir de agora, troquei a frase Vou ser do jeito que o mundo quer que eu seja.
                                                                                      Por  O mundo vai ser do jeito que eu quero !


sábado, 24 de março de 2012

. Palpável





Sinta-se vivo. Completo ou incompleto. Sinta-se parte. Diferente dos demais. Sinta a elegância. Das coisas ao redor.  Do brilho da cidade. Das conversas no entorno. Sinta amor. Sinta falta. Sinta o momento perfeito do encontro. A intensidade exata do desejo. Sinta-se realizar. Fazer a diferença. Sinta-se estremecer. Sinta-se especial. Sinta-se, apenas. Sinta-se único. Você. Sinta-se indispensável. Sinta a majestade da noite. O brilho da lua. Sinta-se só, acompanhado ou não. Sinta-se em casa, aonde quer que vá. Sinta-se essencial. Importante como o ar. Sinta-se constante. Em fluxo com o universo. Sinta-se em paz. Sereno, em orbita com o mundo. Sinta-se feliz por nada. Por qualquer coisa. Por tudo ao mesmo tempo. Sinta o calor do sorriso. O afeto do abraço. O peso do tempo. O passar dos dias. Sinta-se ilimitado. Livre. Desobrigado. Palpável. Sinta-se no limite. Sinta prazer. O momento exato do beijo. O êxtase. A pressão dos dedos na pele. Sinta-se pulsar. Valer. Mudar. Sinta-se novo. Sinta-se evoluir. Sinta-se limpo. Puro. Livre. Sinta-se independente.  Sinta fé. Força. Orgulho. Sinta-se melhor. Sinta-se capaz. Sinta-se amado. Sinta o toque. O entrelaçar das mãos. O momento apical. Sinta-se chegar. Ir e voltar. Sinta-se conhecer. Conter. Reter. Sinta-se em movimento. Sinta-se leve.Sinta-se o bastante, e se baste uma vez mais. Mas sinta! Sinta-se passar pela vida, e não apenas, a vida passar!



quinta-feira, 22 de março de 2012

Para minha amiga linda. Porque nem o tempo vai levar você de mim!

Parei tudo que eu estava fazendo, quando ao abrir minha agenda para anotar uma coisa, vi um escrito nesta data: 22 de março:  Nane Morena.

Portanto, aqui estou eu. Mesmo estando em débito com você. E você comigo. E mesmo não te vendo a anos. Para escrever algumas palavras, que juntas vão tentar formar algum tipo de amontoados, organizados e insuficientes, de frases sobre você.
Eu já pensei que fosse te perder sabia? Não pro tempo, porque o tempo leva, com esforço a gente recupera. Mas pra vida. E pensei que nunca mais fosse te ver. Quando eu soube, daquele acidente horrível, eu senti pena das pessoas que estavam lá. Mas quando eu soube, que uma delas era você... eu senti pavor! 
Eu sei que isso é uma homenagem, e em homenagens não se deve falar de coisas ruins.
Mas foi necessário, porque na vida, infelizmente, só aprendemos a dar o devido valor ao que perdemos, ou quase perdemos, como é o caso.
Você não imagina a minha felicidade ao ver o seu sorriso naquele dia no hospital. E muito menos imagina, o meu desepero pra que chegasse logo aquela hora. A ponto da minha mãe sentir necessidade de me levar até ali.
Foi naquela hora, que eu descobri - algo que eu já tinha uma noção - o quanto eu amava você minha amiga. E o quanto você era importante pra mim.
Não importa, que o tempo acabou levando nossos caminhos pra direções diferentes. O mundo é uma loucura sem fim. E metade de todos que conhecemos, um dia se vão... Temporários ou pra sempre. Um dia acontece. Mas o que Ouro Preto constroem, pouca gente, ou ninguém, destrói.- Foi você que me disse isso um dia -  E você não vai se livrar de mim tão fácil, florzinha.
Mesmo eu achando uma falta de vergonha na nossa cara, estar todo dia á 15min - ou menos - uma da outra e não se ver faz décadas. Mas, paciência. Já que você não me ama, eu amo você. E vou ai te ver, qualquer dia desses.
E antes que eu fique aqui até amanhã. Porque você sabe que eu falo mais do que pobre na chuva. 
Eu quero desejar tudo aquilo de chato, que a gente se cansa de repetir, pra quem faz mais outono - porque não dá pra ser mais uma primavera, porque tá muito longe - e desejar...o que realmente importa. Tenha uma vida iluminada ! Corra atras dos seus sonhos, e alcance-os. Namore bastante, até achar um que lhe faça não querer mais ninguém. Ganhe dinheiro, porque ser pobre todo dia, eu descobri que é uma tristeza. E que arranje uma desculpa e um tempo, e venha me ver. Porque afinal das contas o aniversario é seu, mais vai ser um prazer incomensurável te ter pertinho! Sua linda.

Parabéns...
Te amo, muito!




terça-feira, 20 de março de 2012

. Tão ... Homens!


Sinceramente eu gosto mais dos homens. Não é algo cliché. Muito menos algo óbvio - A não ser que alguém duvide da minha opção sexual (hahahaha') - Mas não, não é sobre isso que eu estou me referindo. Eu falo sobre o modo simples com que eles tratam as coisas. Sobre as " Claras ", como dizem eles. Esse universo me fascina. É tão notoriamente simples. Nada de TPM. Problemas capilares. Roupas que não lhe caem bem. Falsidade com as amigas. Menstruação. Maquiagem. Salto alto. Roupas pra lavar. Serviços de casa. Depilação. Unhas. Nada disso. É tudo, como eu já disse: SIMPLES.

Se um cara está de mal humor, nervoso ou chateado com alguma coisa, pode saber... A salvo algumas exceções, o problema é bem ... aaah, você já sabe né! Quer ver? Espere até encontrar algum mocinho assim, e lhe pergunte: - " Em que categoria os motivos para você estar assim se encaixa? Problemas financeiros e no trabalhos, Falta de sexo, por ausência ou má vontade (da parceira, né!) ou (em raros casos) problemas familiares?? " - Espere a resposta. Se o assunto não estiver dentro dessas três categorias, pode se preocupar, é grave

Os homens não vêem necessidade de agradar, eles se zangam - e te zoam- pelo seu short curto, dizem que sua maquiagem está exagerada, te elogiam, quando acham que você está bonita, mas só quando acham realmente. Eles te abraçam forte, e nos braços deles a gente se encaixa perfeitamente. O jeito de ajeitar seu cabelo é meigo. E quando eles gostam de você, gostam meeeeeeeesmo. Com os homens não existe necessidade de te diminuir. Não existe competição. São dois mundos diferentes e ponto.  Tão ...
Se você ainda não se convenceu que o mundo masculino é bem menos complexo, acompanhe a minha experiência...

A poucos dias atrás, eu fui visitar um amigo que não via a algum tempo, numa dessas casa que moram vários estudantes, que aqui nós chamamos de republica. (Pode parar de olhar com olho torto, meu(minha) filho(a), é uma casa como qualquer outra). Entãao... O caso é que eu fui. Meio ressabiada, porque eu sou assim. Principalmente quando não conheço as pessoas, e espaço e tudo mais. Mas bastou 15 minutos de convívio com a galera, meia dúzia de palavras e zoações e de ouvir falar de muiiitas, e muitas mulheres - porque, cá pra nós, homem reunido o papo é mulher, mulher, mulher, beber e futebol. Só ! -  para que eu me sentisse em casa. O papo era saudável, estavam falando de um assunto que eu conheço... se é quê, mesmo as mulheres, conhecem as mulheres - e depois de um pouquinho de resistência, eles já tinham me dado argumentos suficientes para acreditar que mulher que é complicada.
Eu, que não sou de me convencer fácil até tentei dar o ultimo suspiro, antes do golpe de misericórdia e soltei: - " É, vocês estão ai, falando que mulher é isso e aquilo. Vocês sabem né? que se eu tivesse numa roda de mulheres, elas estariam falando de vocês também . "


PRA QUÊ? sério. Me responde! pra quê eu fui fazer esse comentário... Sem pestanejar um dos meninos riu, e respondeu:" E MAL ainda por cima.. enquanto a gente está aqui só a elogiar. O problema das mulheres é que quando falam de homens elas tem mania de generalizar, vivem catalogando a gente. E reclamam. Como reclamam essas garotas. Sem se dar conta que a culpa de sermos as vezes infiéis, as vezes pegajosos, as vezes secos, as vezes um tanto de coisa, é puramente delas. Elas se cansam das coisas, querem que a gente seja uma mistura de tudo. Que seja fiel mas que não mostre que elas nos tem na mão. Seja as vezes romântico. As vezes carinhoso. As vezes descuidado. As vezes, que as deixem respirar. E tudo quando querem. Elas nunca se decidem! Mulher é que é um bicho complicado demais." 
Pronto. Fiquei sem palavras ! E num deu outra. até eu acho agora... que mulher que é complicada demais. Ai que eu fui parar pra pensar, as vantagens de ter ter os homens em nossa vida... Tudo leve, tudo simplificado, tudo numa boa. E quer saber de uma coisa? Se tudo der certo, a amizade for perfeita, não tiver complicações, e vocês conseguirem lidar com isso, sem preder a cabeça, nem se aboboixonar (quer dizer, apaixonar), ainda rola uma amizade colorida, de quebra. 
Taê !!!  Por isso, eu prefiro os Homens! ;)




quinta-feira, 8 de março de 2012

. Dando tempo ao tempo.


Vinha tentado escrever... mas sinceramente não saia nem uma frase coerente!
Então, depois de algum tempo desisti. Essa incoerencia tinha que ter uma explicação, um motivo, um porquê.
Era o momento de descansar os dedos, por a 'mão na massa' e exercitar o punho. Era o momento de deixar a tecnologia de lado. . As facilidade de ver as letras se formando, as frases de projetando e o texto se contruindo. Testar o humor. Analisar a letra
Chegava o momento temido e esperado. Era eu e eu. Na verdade, eu e meu velho caderno de capa clara!
Descobri tudo de mim. Tudo não. Seria pretencioso demais afirmar uma coisa dessas! Acho que descobri um pouco sobre você. Sobre o outro. Sobre o mundo. Tantas coisas aconteceram esses dois meses. Desde que penhosamente, num 02 de janeiro, meus dedos começaram a fluir. O ultimo dos ultimos lamentos sobre o amor. Apartir de agora, ou até que a vida me dê outra rasteira, rsrsrs', os assuntos serão mais leves. Ou mais pesados. Dependem de como você vê as coisas. 
Infelizmente, inspiração não é algo que a gente pisca os olhos e sai. Escrever é uma arte. Ou pelo menos eu vejo assim. Assim como um artista que pinta uma tela. Escrevendo monta-se uma vida, uma historia, um fato. Com amontoados, organizados, de palavras. Que unidas, fazem que o todo represente a idéia.
Portanto, aos meus amigos que muitas vezes me perguntaram o porque do desaparecimento por esse longo tempo: Mil desculpas. 
Me dei férias da partilha de ideias. Por um breve momento, egoísta! Porque eu também mereço... HAUSHAUHSUHSUHS' Mais tô de voolta! 


Bejooamores. :*





segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

. Sentir presente, quando ausente.


Três segundos se passaram até que a próxima batida pudesse ser sentida... Acho que é assim então,  o som de um coração descompassado. Oco, fraco, quase imperceptivel.
Será que essa é a sensação de não sentir nada?! Vazio... Completo e absoluto? Será assim a sensação de desamar? De desafogar, de não pulsar? Não deveria ser assim. Deveria?
Essa sensação de falta, de perda, não deveria estar aqui ainda.
Você não disse que seria assim. Disse? Ah , é mesmo, você não disse nada. Você só desapareceu não é mesmo?
Eu tenho me perdido do seu sorriso, sabia?! Quase já não consigo lembrar dos traços do seu rosto... E as lembranças estão ficando nevoadas. Não; não se preocupe... Elas vão voltar. Me disseram que elas estão apenas me testando.  Para que eu prove pra mim mesma que estou me esforçando pra me desgarrar. E estou quase conseguindo sabe... Quase consigo passar o dia inteiro sem te lembrar... Mas derrepente, no último instante do dia. No silêncio, na calada da noite, eu me pego desejando que todos os anjos guardem seus sonhos. Sei que não deveria, mas não posso evitar. É com se fosse automático, de um momento para o outro acontece! 
Essa coisa toda tem me deixado muito confusa. Esse desejo de fuga, de presença, de deleite. Tudo misturado. Um dia alívio, no outro inquietação. Me diz pelo amor de Deus quem inventou esse maldito sentimento? Não, não a droga do amor. Eu estou falando do querer. Desejar mais que tudo. Sentir presente, quando ausente. Me conta a lógica desse sentimento contraditório? Me explique a sensação de choque na pele quando ao fechar os olhos me lembro do toque. Sim, ainda dá choque. Eletriza, como uma corrente de energia, como um curto circuito. Me explica, pelo amor de Deus, como depois de tanto tempo, ainda me lembro do teu cheiro, do gosto do beijo, do conforto do seu abraço, do som da risada, do timbre da voz,da sensação de felicidade, da doçura de acordar. Tem um remédio que cure a dor de querer?! Uma vitamina que supra a ausencia? Um inibidor que controle o vício? Me explique  o porque de querer, exatamente o que não se pode ter.
Me explica o reconhecimento do cheiro da sua pele. Da lembrança exata do gesto de afastar uma mecha do meu cabelo. Do gosto que você tem por ele (Bom gosto que você perdeu em algum lugar no seu quarto né ! ) Me explica O olhar   ...    Que me faz prender a respiração, perder o ar. Me explica o que fazer com a vontade de poder. De ouvir. De ver. De sentir. De tocar. 
Me diz o que fazer quando o momento de celebrar chegar? De apagar as vinte e uma. Vinte de vida, e uma de você.
E agora me explica como isso aqui virou você? Em que parte... Que momento? Me diz com todas as letras: POR QUÊ?!


'Querendo ver o mais distante e sem saber voar'


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